Servidores do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran-Pa) realizaram uma assembleia na manhã desta segunda-feira (24) em frente à sede do órgão e decidiram manter a greve iniciada no último dia 18 de abril.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Trânsito do Estado do Pará (Sindtran), cerca de 50% dos servidores aderiram à paralisação, mas nenhum serviço do órgão foi interrompido. O G1 entrou em contato com a Secretaria de Estado de Administração do Pará (Sead) e com o Detran-Pa aguarda posicionamento.
A categoria apresentou ao Governo do Pará uma proposta de reposição parcelada das perdas salariais da categoria, com base em uma projeção da inflação para o ano de 2018. De acordo com a proposta, o Governo deveria repassar um reajuste de 5% em agosto de 2017, 9% em dezembro de 2017 e 11% em abril de 2018.
"Representamos apenas 1.300 servidores, mas nossa proposta acaba atingindo os demais servidores do Estado. Hoje temos um déficit de servidores públicos e os servidores existentes hoje trabalham dobrado com uma estrutura precária", disse Élison Oliveira, presidente do Sindtran/Pa e servidor do Detran-Pa.
De acordo com Élison, a categoria propõe ainda o congelamento das taxas dos serviços do Detran-Pa. "Da mesma forma que está congelando o salário do servidor, propomos que ele (Governo) congele as taxas. A população está pagando cada vez mais caro por um serviço precário", disse o presidente do Sindtran/Pa.
Entre outras pautas reivindicadas pela categoria estão a realização de concurso público para suprir a necessidade de pessoal no órgão e a melhoria na estrutura de agências e postos de atendimento. Uma nova rodada de negociações com o Governo do Estado está marcada para o dia 3 de maio.
No último dia 21 de abril, representantes do Sinditran/Pa foram recebidos na sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup) pelo titular da pasta, Jeannot Jansen, e pela diretora do Detran-Pa, Andrea Hass.
Na reunião, foi apresentado à categoria o aumento de 23,25% no valor do auxílio alimentação dos servidores, única alternativa possível em momento de crise, segundo o secretário de segurança pública.
Além do reajuste, será incorporado o abono da diferença do salário mínimo para os servidores de nível médio e fundamental que recebem remuneração equivalente a R$ 937, medidas representam um acréscimo de R$ 13 milhões na folha de pagamento do Estado.
FONTE: G1 PARÁ