Ações moralizantes vem permeando a gestão do atual Diretor Geral Nilton Atayde, no Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran/PA). Um fato inédito para a maioria dos servidores, que, somente nos últimos cinco anos, conviveu com 9 diretores gerais diferentes sem assistir contribuições para o fim do tráfico de influência e da corrupção que desmoraliza publicamente a Autarquia.
Em seis meses de gestão, testemunhou-se maior transparência nos processos licitatórios e o respaldo ao Controle Interno, formado por servidores de carreira. No entanto, o maior desafio foi exonerar Gerentes das Ciretrans fantasmas ou acusados de crimes no exercício do cargo, apesar desses espaços serem historicamente ocupados por grupos políticos regionais ou municipais.
E o passo seguinte às necessárias operações policiais para coibir a comercialização irregular de placas e lacres e combater a fraude na emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), certamente tem sido a preocupação em aumentar o controle sobre a emissão das CNHs, por meio do necessário investimento em recursos tecnológicos, há muito cobrado pelo SINDTRAN, e que começa a se tornar realidade com o recente anúncio da implantação da biometria nas clínicas credenciadas para o exame médico e psicotécnico. Com isso, o Pará sinaliza que deixará de ser o último estado brasileiro a implantar a biometria em todas as etapas exigidas em lei para emissão das CNHs. Isto, atrelado ao empenho para implantar novas tecnologias capazes de agilizar processos internos que busquem melhorar a eficiência, a agilidade e a comodidade no atendimento aos usuários.
Em razão dessas mudanças graduais, Atayde aos poucos vem ganhando a atenção e o apoio dos servidores, que observam maior transparência e ações para coibir desvios de conduta de servidores comissionados, temporários ou efetivos. No entanto, os bastidores da política paraense apresentam muitas pedras no caminho do atual diretor. Observa-se forte movimentação de grupos políticos que historicamente operam no Detran/PA e que vêm perdendo espaço em algumas regiões do estado.
Apesar dos servidores apontarem erros e acertos na atual gestão, o SINDTRAN reconhece que a saída de Atayde traria retrocesso para as ações moralizantes recém iniciadas no Detran. A decisão está nas mãos do Governo que terá que optar pelo avanço ou pela estagnação e a corrupção crescente na Autarquia Estadual de Trânsito, o que vem vitimando muitas pessoas nas ruas, rodovias e estradas paraenses.
Direção do SINDTRAN