A estrutura da Ciretran no município de Itaituba, sudoeste paraense, está precária. Embora o prédio seja próprio, cedido pelo Governo do Estado há mais de 8 anos, as reformas necessárias se esbarram na questão documental, pois o espaço que antes funcionava uma delegacia de polícia, até hoje não possui documentação que regulariza a Ciretran naquele lugar.
Valdir Silva, agente de fiscalização em Itaituba, explica que, por conta da falta de regularização, a unidade do Detran tem dificuldade de receber investimento e isso, tem prejudicado servidores e a população. “Além de deteriorada, a estrutura física sofre dificuldades com a falta de investimento para atender a demanda. O ambiente é hostil para todos”, conta.
Segundo o servidor que trabalha na Ciretran há 8 anos, entre os serviços prestados estão o exame, habilitação e vistoria veicular, no entanto, não existe espaço adequado para a realização da vistoria, atualmente é feita no estacionamento das viaturas, mas de forma improvisada e precária. Para Valdir,o cenário da agência do Detran naquele município precisa ser visto com mais atenção pelas autoridades. “Existe um empenho por parte dos servidores, mas os problemas se esbarram na burocracia. O Governo deveria dar as ferramentas necessárias para que a prestação do serviço seja melhor”, avalia Silva.
Jairo da Costa, servidor na agência de Itaituba, diz que atualmente a Ciretran atende em média 200 pessoas por dia, em todos os setores. No entanto, o espaço está em péssimas condições para atender a demanda. “O espaço físico está cheio de goteiras”, denuncia.
O quadro de trabalhadores, é em torno de 20, sendo 20% temporários, terceirizados e cedidos pela Prefeitura. Em Itaituba há cerca de 140 mil habitantes, porém, a Ciretran atende ainda a população das cidades de Novo Progresso, Trairão, Jacareacanga e Rurópolis, regiões consideradas distantes. A Ciretran está localizada na tv 15 de Agosto, centro do município.
Além disso, a cidade está em constante desenvolvimento devido aos grandes empreendimentos instalados na região, o que requer uma reestruturação adequada. “Itaituba é o corredor da soja do Estado do Mato Grosso, por exemplo. E em virtude disso, o índice populacional aumentou, mas o Detran aqui é o mesmo de 15 anos atrás. A demanda é grande e temos uma carência de servidores, assim como em todo o Estado”, avalia Jairo.
