Durante este mês, o Sindicato dos Trabalhadores de Trânsito (Sindtran/PA) pretende realizar a campanha de sensibilização educativa da população paraense alusiva ao Maio Amarelo. A categoria e população são convidadas a doarem sangue para aquecer o banco de estoque do Hemopa. Além disso, lactantes podem ajudar doando leite materno e, todos também podem doar recipientes para o armazenamento do leite na Santa Casa.
O objetivo do Sindicato é, sobretudo, unir a categoria e a população nessa campanha que tem como objetivo sensibilizar quanto à necessidade de ter atenção no trânsito, respeitar a legislação, usar os equipamentos de segurança, de não combinar bebida e direção, entre outras atitudes que geram paz no trânsito.
O Pará é o segundo Estado mais violento no trânsito. Os leitos hospitalares públicos estão com 75%ou mais de ocupação por acidentados no trânsito. “É quase uma guerra civil que vivemos no Pará. Há um descaso crescente por parte das autoridades dos órgãos de trânsito como Detran e Semob”, avalia Élison Oliveira, presidente do Sindtran/PA.
Enquanto categoria, organizada em sindicato, a expectativa é que o Estado, por meio da Autarquia de trânsito, possa ser eficiente e aplique parte dos R$ 500 milhões arrecadados, por ano, através do contribuinte, para cumprir sua missão de promover a segurança viária e regularizar o trânsito, agindo preventivamente com um processo sistemático e integrado de educação para o trânsito em todos os municípios e, de forma gradativa, sensibilizar e conscientizar a população da necessidade de humanizar o trânsito. “Todos nós utilizamos e vivemos do trânsito. O ir e vir depende dele e, por isso, precisa ser seguro e não caótico e violento, como está hoje”, reforça Oliveira.
Anualmente, 50 mil vidas se perdem no trânsito no Brasil. Por outro lado, Élison afirma que alguns órgãos de trânsito do Estado do Pará não possuem um sistema eficiente, unificado e integrado que registre por localidade e de forma precisa os acidentes. “Parece que é um algo proposital. Não há um trabalho no sentido de mapear estatisticamente quais são as regiões mais violentas para que haja uma política de trânsito mais efetiva de engenharia, preventiva de educação, e de controle com a fiscalização. A falta desse apanhado estatístico dificulta o planejamento de trabalho e, isso é algo extremamente danoso para a sociedade: não se investe em um processo sistemático e eficiente de acompanhamento e controle da gestão pública justamente para não sofrer a pressão política da sociedade”. “É uma reivindicação do Sindtran que a gente possa ter no Pará, uma Autarquia eficiente e transparente. Precisamos virar essa página, mudar o rumo”, reivindica o representante da categoria.
CAMPANHA
O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.
Por que Maio Amarelo?
A cor amarela foi escolhida para simbolizar atenção, em referência à sinalização de advertência no trânsito. Já o mês foi escolhido por ter uma ligação com a história de segurança no trânsito, uma vez que foi em maio de 2011 que a ONU decretou a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”.
Com informações de Maio Amarelo
